
O caso de Chernobyl ajuda-nos a perceber que em caso de acidente grave, nenhuma empresa possui os meios financeiros para pagar indemnizações, limpar o ambiente e desactivar o reactor. Mesmo que a probabilidade de acidente seja baixa, este é um problema para o qual qualquer promotor de uma central nuclear tem que ter um plano financeiro.
Só existem duas alternativas: ou o estado assume o risco, ou o promotor tem um seguro contra acidentes nucleares. No primeiro caso, grande parte do custo da central nuclear é assumido pelo estado. No segundo caso, o custo será assumido pelo promotor. Adivinhem agora que tipo de solução é que Patrick Monteiro de Barros tem em mente quando promete fazer a central nuclear em Portugal exclusivamente com fundos privados.
3 comentários:
Cá p'ra mim são accionistas a EDP!
Quando no início do século passado começaram a aparecer os automóveis em Portugal, o mesmo se passou.
Quando contruíram o CCB, o mesmo se passou.
Quando o Vasco da Gama foi p'ra India, o mesmo se passou.
Deixem de ser velhos do Restelo. A energia nuclear, hoje em dia é segura. Já imaginaram se, por um erro qualquer, as paredes da barragem do Alqueva desmoronam. Acabam-se os alentejanos da face da terra!
A energia nuclear só não interessa à EDP, seus accionistas, Petrogal, e demais interesses petrolíferos! Já perguntaram a alguém quanto custou o reapetrechamento da central Termoelectrica do Carregado? E quem a pagou? Fomos nós todos.
O caso de Chernobyl, na minha modesta opinião, foi originado essencialmente pelo mesmo tipo de motivos que levaram ao afundamento do "Kursk" e à queda de centenas de aviões "Antonov": Falta de dinheiro da Mãe Rússia, nada mais.
Ponderem e verão que chegam à mesma conclusão que eu!
A energia nuclear até poderia ser alternativa, mas não num país com uma exposição solar acima da média, zonas desertificadas, montanhosas e com ventos dominantes bem definidos, centenas de quilómetros de costa e alguns dos estuários mais importantes da Europa.
Vale a pena irmos para fora cá dentro em vez de importar tecnologia ambientalmente dúbia.
Digo eu...
Também concordo mas parece que nesse campo ninguém se dispôe a investir e temos que viver com aquilo que aparece.
No que diz respeito ao vento, temos já a "negociata" feita com os espanhois e a EDP. Ou seja, no que diz respeito a custos, são mais baixos mas os proveitos são os mesmos = lucros cada vez mais elevados e o Zé continua a pagar.
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Quanto à força do mar, há umas empresa a desenvolver tecnologia nesse campo mas, como o governo do "Filósofo" não está para aí virado, vão vendê-la no Norte da Europa.
É a politica do tapa-buracos!
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