Tenho para mim que este referendo mostra que estamos num aborto de país.
1 - Foi colocada a mesma questão aos portugueses em 28 de Junho de 1998. De quantos em quantos anos se muda de opinião?
2 - Em 1998 o NÃO ganhou! Como a abstenção foi superior a 50%, não foi vinculativo. Este ano o SIM ganhou mas, embora a abstenção também seja superior a 50%, o 1º Ministro apressou-se a garantir que a lei será aprovada (a arrogância até o fez esquecer a palavra discutida).
3 - Abstenção elevada? Referendem questões mais abrangentes como o encerramento de escolas, maternidades, serviços de urgência, OTA, TGV... e os resultados serão certamente diferentes.
4 - Afinal para que serviu o referendo? Para legitimar uma minoria de 25,34% de portugueses que queria modificar a lei? Mal empregadinhos milhões de euros gastos em tal embuste...
Explicação do ponto 4:
Total de inscritos: 8832628
Votos no SIM: 2238053
Percentagem de eleitores que votou SIM: 25,33847%
Fonte: STAPE
5 - Se sempre que 1 em cada 4 portugueses quisesse modificar uma lei, passássemos por isto, Portugal seria pior que Timor Leste.
6 - No fundo o que estava em causa era uma Lei que poderia ou não manter-se e que se referia à despenalização de mulheres que fizessem Interrupção Voluntária da Gravidez. Assim sendo, 74,66% dos portugueses mostraram não querer alterar a referida Lei, por isso não votaram SIM a essa alteração penal.
Certo?????
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