Ricardo Costa teve ontem oportunidade de perguntar a José Sócrates de forma directa e sem hipótese de escapatória se foi o Sr Primeiro-Ministro que fez mesmo os projectos ou limitou-se a assumir a responsabilidade e a autoria?
Em vez disso, fez uma pergunta que permitiu que Sócrates voltasse a responder que assume a responsabilidade e a autoria.
Perante a resposta, Ricardo Costa podia ter feito mais perguntas. Podia ter perguntado se Sócrates assumia a autoria de algo feito por ele ou feito por outro. Ou quanto tempo é que demorou a Sócrates a fazer cada um daqueles projectos. Ou se Sócrates ficou satisfeito com a estética dos edifícios. Ou porque é que aparecia lá a letra de outro indivíduo. Ou se Sócrates assinou por alguém que não podia.


Razões para não ter feito a pergunta:
1 - Para a próxima pode ser que o entrevistador continue a ser o Ricardo Costa. Se fizesse a pergunta, para a próxima seria outro que não faz essas perguntas.
2 - O Ricardo Costa não poderia ter feito essas perguntas mesmo que o quisesse. Tal como aconteceu com a entrevista sobre a “licenciatura à Farinha Amparo”, as perguntas foram negociadas à priori e os “entrevistadores” (meros actores secundários na palhaçada) não podiam afastar-se do guião.
Ou julgam que o José Sócrates é tão estúpido quanto é mentiroso? Se houver alguma hipótese de lhe fazerem perguntas a que ele não queira responder, não põe lá os pés.
Ou julgam que o José Sócrates é tão estúpido quanto é mentiroso? Se houver alguma hipótese de lhe fazerem perguntas a que ele não queira responder, não põe lá os pés.
3 - O mano velho (António Costa) conseguiu que ele fosse nomeado Director-Geral Adjunto na SIC, logo o troco é não chatear sua Alteza D. Sócrates.
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