Derrota total da Ministra da Educação:

Naturalmente tudo evitável se tivessem implementado um processo de avaliação menos subjectivo, mais próximo da realidade das escolas e dos professores e utilizado os 29 meses em que a progressão na carreira esteve congelada (Agosto 2005 a Dezembro 2007) para o ir experimentando e aperfeiçoando, com resultados meramente indicativos, visto aquele tempo não contar para nada.
Mas este (des)governo é assim! Teimoso e de ouvido duro. Nunca ouve às primeiras o que lhe dizem. Desta vez foram necessários mais 100 mil a gritar para perceber que estava errado.
Nota: boa estratégia por parte dos sindicatos, a de levarem as negociações para uma sexta-feira, arrastando-as para depois das duas da manhã. Aposto que o acordo foi conseguido pelo desnorte provocado pelo cansaço da Srª Maria de Lurdes. A julgar pelo seu aspecto, parecia que vinha meio zombie.
3 comentários:
Eu aceito a rendição...com duas condições: longe de qualquer cargo público; que venha ao oquemevierarealgana ou ao enclavado, como exercício terapêutico para a ausência de humor e semblante carregado!
Viva a Académica!
Ainda me atrevo a exigir outra condição: forçá-la a leccionar um ano lectivo inteiro numa escola do Ensino Público atribuída por sorteio.
O Estatuto da Carreira Docente serviu para criar um patamar salarial com acesso limitado. Gestão de pessoal, portanto.
O projecto de avaliação dos prfessores serve para regulamentar a forma de acesso a esse patamar salarial criado pelo ECD. Gestão de pessoal, novamente.
Muito latim se tem gasto sobre a qualidade do ensino, avaliação profissional e sobre pedagogia quando na verdade apenas a gestão salarial está em causa.
Tenho aqui escrito que esta maioria, sendo absoluta, poderia ter elaborado um plano de longo termo mas não o fez. Referia-me, claro, a um plano para melhorar o ensino. Porque o ME tem um plano mas é financeiro: com o ECD e a nova avaliação dos professores, a longo prazo os gastos com salários vão baixar consideravelmente. Bastar atender que o acesso ao tal patamar mágico de Titular, onde se ganha mais, depende de quotas, as quais dependem das orientações do ministério das finanças.
Tanta conversa sobre educação quando bastava falar dos tostões.
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