Acreditei que a tecnologia conseguiria tirá-los de lá, mas temi que nestas semanas, ocorresse mais um sismo e que novas derrocadas deitassem tudo a perder.
Em 1992 ou 1993 estive no fundo das minas de Neves Corvo (zona de Aljustrel), na altura chamavam-se Pirites Alentejanas e eram as maiores minas de cobre da Europa.
Era demasiado rapazote para me aperceber do risco de entrar na "jaula" (chamavam assim ao elevador enorme, com uma grade a servir de porta - daí o nome) e descer aos 700 metros, a uma velocidade que fazia enjoar.
Recordo o calor e a humidade, além do risco constante de ser atropelado ou cair em alguma galeria. Lá em baixo há zonas bem iluminadas e outras que nem por isso, mas as máquinas circulam a uma velocidade (pelo menos dá essa sensação, talvez devido ao som), que todo o cuidado é pouco. Foi uma experiência interessante, embora não tivesse registado tantos pormenores como gostaria. No entanto, teve a virtude de eu pensar que ir mais fundo em Portugal, não será fácil...


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