Incrível como o "dinossauro da política portuguesa" (o
tal que teve um exílio dourado em Paris e em S. Tomé e Príncipe, enquanto
outros estiveram presos, torturados e incontactáveis durante meses), consegue surpreender
colocando a nu a falta de pudor ou respeito pelos portugueses, ao revelar
publicamente tamanha irresponsabilidade e ao mesmo tempo enorme
contradição em relação aos seus actos e opinião.
Foi ele que pediu ajuda ao
FMI das outras duas vezes que Portugal a tal recorreu e quer agora rasgar um
acordo que foi assinado pelo seu "afilhado" que tanto defende e
admira, mas que vive em Paris à grande e à francesa?!
Mário Soares não está senil apesar da sua idade avançada para a
política ativa, está sim a revelar a arrogância e a autoridade que sempre gozou
dos portugueses, como se o país tivesse uma divida eterna para com ele e os
seus "próximos".
Já são tantos os episódios…
Fez campanha pelo filho no próprio dia das eleições (quando o João
Soares se candidatou à Câmara de Lisboa e “permitiu” que ardesse)…
Foi apanhado a 200 Km/h e tratou mal o polícia, dizendo
inclusivamente que o estado é que pagaria a multa…
As suspeitas do desvio de ouro na época do PREC, as suspeitas dos
compadrios com a CIA que incluiriam eliminações selectivas (Sá Carneiro…), as suspeitas do tráfico de diamantes (na altura do acidente de avião do seu Joãozinho), etc...
Constantemente a incendiar para revoltas populares e revoluções…
Rasgam-se acordos como quem rasga multas de trânsito???
Enfim, caminha a passos largos para ser o novo Otelo.
A não ser que ele esteja a pensar que vai pagar a dívida externa com
os dinheiros da fundação Soares que recebeu da CM Lisboa quando o filho lá era
presidente?
Lá dizia a minha avó: "Que
Deus me leve antes de começar a perder o tino".
3 comentários:
O 2º parágrafo diz tudo!
A queda de Soares
Desde a sua última reencarnação política, depois da candidatura presidencial falhada em 2006, que as intervenções públicas de Mário Soares têm sido um desastre.
Nos últimos anos, Soares transformou-se numa caricatura daquele político que em tempos lutou contra a extrema-esquerda antidemocrática, que nos aproximou dos Estados Unidos e da União Europeia e que lutou pela democracia.
Hoje, Soares é uma personalidade mal educada, irresponsável e sem memória da sua própria história. Os recentes acontecimentos assim o mostram: o triste episódio da multa paga por todos os portugueses ou o momento perpetrado no 25 de abril foram maus de mais.
Mas, apesar de tudo, não passaram de fait-divers sem grande substância política.
Soares, não satisfeito pelos disparates que tem feito e dito, hoje saltou para um outro nível: o da total irresponsabilidade perante os problemas do país.
Mário Soares não é nenhum Pedro Nuno Santos ou um militante qualquer do PS.
É um dos pais fundadores da democracia, antigo Primeiro-ministro (que governou com o FMI) e Presidente da República.
Ao juntar a sua voz ao coro da esquerda radical que pede o afastamento da Troika, Soares marginalizou-se e colocou-se contra a estabilidade e os interesses do país.
Fez bem o PS em descartar liminarmente a opção soarista.
Mas quem continuar a considerar que os conselhos de Soares são relevantes só estará a enganar-se a si próprio: Soares é uma voz totalmente descredibilizada.
Até o seu partido já o percebeu.
Ele não deve ter reparado, mas já lá vão 16 anos desde que o povo o mandatou para alguma coisa.
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