Em 2009 quando a economia retraía 2,5%, Sócrates subia os salários 5% em
termos reais.
Loucos
tempos: o mundo desabava e o governo assinava Parcerias Publico
Privadas, projectava aeroportos e TGVs.
A desbunda governamental
entusiasmava o povoléu, era ano de eleições e era preciso despachar a
velha do colar de pérola.
Parece que tudo isso aconteceu há uma eternidade...
Foi em finais de Setembro e jamais esquecerei essa noite de eleições, pois fui obrigado a fazer directa e tive bastante tempo para ler comentários e analisar os resultados eleitorais.
Foram as eleições onde deixei de acreditar no "povo português é sábio".
A partir dessas malfadadas eleições, nunca mais suportei quem preferiu a mentira compulsiva de Sócrates à austera de Ferreira Leite.
Todos os argumentos eram válidos (era velha, feia, gaguejava..., mas o outro tinha figura e falava bem...
Depois havia os outros, os profissionais das politiquices. Aqueles que são do PS desde pequeninos ou porque até "quem não sabe ler, tem o punho para ver", ou "socialismo... até o nome é lindo!".
Sempre atrás do "querido líder", mesmo que lá no fundo sentissem que as coisas não estavam bem. Mas Sócrates tinha o aparelho partidário na mão (Seguro, Alegre ou Cravinho que o digam...) e não havia dúvidas "ou ele ou o dilúvio!".
E assim fizeram uma campanha onde conseguiram uma vitória que nos levou a mais 2 anos de desvarios, até à urgência de pedirmos ajuda internacional (pouco antes da bancarrota).
O curioso é que alguns dos que tanto a atacavam, agora a defendam...
Sim, quem apoiou Sócrates nas eleições de 2009 foi conivente com a sua forma de governar e deve sentir-se mal por chegarmos a este ponto.
Os antecessores governantes tiveram culpa? Sim! Os actuais governantes têm culpa? Sim!!!
Mas após 4 anos de Sócrates com maioria absoluta, 2009 foi a hipótese de inverter o rumo dos Magalhães, quadros interactivos, carros eléctricos e outros projectos megalómanos.
Para mim, depois do 25 de Abril foram as eleições mais importantes e os portugueses votaram mal (de resto, arrependeram-se 2 anos depois).
Agora que a situação económica ficou miserável, ninguém consegue apontar o nome de um Primeiro Ministro que seja minimamente consensual, tal é a desgraça em que caiu o país e os seus políticos.
Em 2009, talvez fossemos a tempo de não ficar tão próximo do abismo da bancarrota, talvez as medidas pudessem ser aplicadas mais moderadamente e sem destruir tanto a economia e o emprego...
Será sempre um talvez, pois a cegueira e o "agarrar ao tacho" não permitiram conhecer outra realidade.
Pobres brutos, como diz o "Cangas"!!!
2 comentários:
Concordo inteiramente!
Neste momento,o governo que a maioria elegeu não tem e não pode ter um plano B... ou é assim ou pouco mais ou menos! ... Que haja alguma iluminação!!!
E agora para si, ela ( Manuela Ferreira Leite) é o quê?
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