Com a chegada ao poder da geringonça, ouve-se repetidamente "acabámos com a austeridade", "virámos a página da austeridade", "recuperar o rendimento das famílias"...
Entretanto...
Todas as semanas temos anúncios de aumento de impostos, ou estudos sobre a forma de o fazer:
- Aumenta o IMI (basta que seja mais soalheiro)
- Aumenta o imposto sobre o "grande capital" (parece que ter 10 mil contos é considerado riquíssimo)
- Aumentam os impostos indirectos (seja lá isso o que for)
- Aumenta o imposto do alojamento local (de 5% para 28%)
- Aumenta o imposto sobre alimentos pouco saudáveis
- Aumenta o imposto sobre alimentos pouco saudáveis
Como se não chegasse, as carreiras vão continuar congeladas em 2017 e também não haverão aumentos salariais.
Valha-nos a música :)
6 comentários:
Infelizmente, 10 mil contos é muito para quem vive do rendimento social de inserção, para quem vive "debaixo da ponte" ou em barracas, para quem passa fome, para quem não tem que vestir, para quem não tem dinheiro para ir ao médico ou comprar medicamentos, para quem não tem dinheiro para ter os filhos a estudar, para quem vive com € 200 de reforma...
Quanto ao imposto sobre alimentos pouco saudáveis, acho muito bem que aumente... Não faz sentido que uns tenham dinheiro para caviar ou marisco e outros não tenham dinheiro para um pedaço de pão...
Uma noção genérica mas correcta sobre os impostos indiretos:
Os Impostos Indiretos são aqueles que incidem sobre o consumo ou a despesa, e incidem sobre a generalidade dos bens que consumimos diariamente.
•IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado)
•IUC (Imposto Único de Circulação)
•IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis)
•ISP (Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos)
Talvez este aumento de impostos venha acabar com alguns "vampiros" como cantou Zeca Afonso...
Quem vive com 200€ dificilmente tem uma reforma (a não ser que tenha "descontado" pouco tempo), provavelmente refere-se a pensão social.
As reformas são consoante os descontos, já as pensões sociais aplicam-se a quem nunca contribui e agora usufrui de quem desconta.
Se há casos em que as pessoas se limitavam à agricultura e pouco podiam aforrar, também os há de quem, por opção, não fez descontos e agora vive de uma "esmola" e de esmolas, não podemos exigir, pois para alguns dar 1€ é significativo e para outros, 1000€ são quase nada.
Imposto de selo também indirecto? Julgo que sim.
Se somarmos sobre os produtos petrolíferos, tabaco, bebidas destiladas...
Já são alguns...
“Pensão” e “reforma” são a mesma coisa; na Segurança Social fala-se em reformas e no sistema público (Caixa Geral de Aposentações) fala-se em pensões.
É uma questão de nomenclatura, mas está-se a falar da mesma coisa.
Uma pensão ou reforma é uma prestação atribuída a quem deixou de trabalhar por um limite de idade (ou por situações excecionais previstas na lei).
Existem casos de assistentes operacionais a receber como reforma cerca de €200 mensais. É um exemplo.
Felizmente, os assistentes operacionais viram a sua qualidade de vida "melhorada" com o aumento do salário mínimo nacional.
Também o rendimento social de inserção (que não é nenhuma "esmola" atribuída a "quem não quer trabalhar") registou um pequeno aumento felizmente...
Porque mais do que o tão clamado "crescimento económico e empresarial" a "dignidade da pessoa humana" está acima de tudo...
VIVER COM O MÍNIMO DE DIGNIDADE... ACIMA DE TUDO...
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