A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





04 janeiro 2006

Alguns Desejos para 2006

1. Para economizar recursos ao país, é preferível que as presidenciais sejam resolvidas a uma só volta.

2. Com o objectivo de aumentar a auto-estima nacional, dando resposta a incontáveis apelos de gente importante, é da máxima conveniência que o campeonato nacional seja ganho por um clube com um treinador português. Convém que esse treinador seja bem jovem, numa clara demonstração da qualidade da nossa juventude. Melhor ainda, para duplicar essa auto-estima lusa, bom mesmo seria ver o campeonato ser ganho por um clube que tenha tido dois treinadores portugueses ao longo da época. Dois é ainda melhor que um. Sendo o verde a cor da esperança, esta será absolutamente maximizada se a sua cor estiver representada no equipamento desse clube. E por fim, para evitar bairrismos inconsequentes, o clube vencedor deverá ser um Clube de Portugal.

3. Continuando a manter a veia altruísta e com o pensamento exclusivamente direccionado nas vantagens para o país, o melhor marcador do campeonato pode ser um estrangeiro. O objectivo é, evidentemente, melhorar também a auto-estima e o sentimento de integração das comunidades de imigrantes. O ideal seria ter como melhor marcador um rapaz com vida difícil e que tenha conseguido subir na carreira devido ao seu mérito, para demonstrar aos estrangeiros que nos procuraram que o esforço e o trabalho compensam. Por exemplo, alguém que há meia dúzia de anos fosse caixa de supermercado, ou algo do género.

4. Também seria bom que o governo gastasse menos, que acabassem os monopólios da TAP e da Portugália, que projectos mega-megalómanos fossem abandonados, que voar do Porto para Lisboa não fosse 5 ou 10 vezes mais caro do que voar do Porto para Londres, que ministros com apelido Lino, Pinho e Lima passassem à reforma, que os impostos baixassem e que o monstro emagrecesse um bocadinho. Era bom, mas como sempre me disseram que não devemos pedir o impossível, já ficava satisfeito se o governo tivesse só um bocadinho de juízo.

Sem comentários: