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«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





13 março 2009

Sócrates desmentido por Trichet

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, reafirmou a independência da instituição em relação aos governos dos 27 depois de confrontado com a declaração de José Sócrates em como Lisboa «criou condições» para a baixa dos juros.
«Posso confirmar-lhe que, em total conformidade com o Tratado, as declarações dos decisores políticos a nível nacional não influenciam as decisões do BCE», afirma Trichet.

O primeiro-ministro José Sócrates afirmou na sua última mensagem de Natal, que o Governo estava «determinado na protecção das famílias, especialmente às famílias de menores rendimentos, protegendo-as das dificuldades que sentem e ajudando-as nas suas despesas principais».

«Foi por isso que criámos as condições para que baixassem os juros com a habitação...», acrescentou José Sócrates.

Um deputado europeu perguntou «que actos concretos promoveu o primeiro-ministro português que conduzissem àquele efeito» e, finalmente, como é que o presidente da autoridade monetária da Zona Euro «interpretava» as declarações de Sócrates.
Jean Claude Trichet explica que as instituições e organismos comunitários, bem como os governos dos Estados-membros não podem, segundo o Tratado da União Europeia, «procurar influenciar os membros dos órgãos de decisão do BCE ou dos bancos centrais nacionais no exercício das suas funções».
«O primeiro-ministro reclamou para si e para o governo um mérito que sempre soube não ser seu. Foi agora desmentido por quem melhor o poderia fazer: o próprio Presidente do Banco Central Europeu».
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