A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





21 setembro 2009

"Mai nada!"

8 comentários:

Anónimo disse...

Ouvi hoje na rádio, que há uma hipótese,de o BE vir a fazer uma coligação com o PS?
Já está visto, que foi o exemplo que o vira-casacas do MA fez.
Deu azo a que a todos venham a perder a vergonha.
Será que depois do que andamos a ouvir o FL dizer do pinóquio, vamos velos lado a lado?

Agora é que eu digo.
A crise está ainda para chegar.

Anónimo disse...

Abençoado JOÃO JARDIM.
Esse é como os do Marão.
Para o lado de lá, mandam os que lá estão.
-Na Madeira, os professores não vão ser avaliados, chega de passar os miúdos sem saberem nada,disse hoje o Presidente, só porque têm que fazer o que o sucata manda.
Vamos a ver no próximo Domingo, SE OS PROFESSORES NÃO VÃO SOFRER DE AMNÉSIA.

Anónimo disse...

Na Madeira mandam os madeirenses!
E que tal a independência financeira?
Assim podem mandar a sua vontade com o dinheiro dos contribuintes madeirenses!
Seria uma grande ideia não?

Passar miúdos sem saber nada, isto porque influencia a avaliação do professor ou porque custa a preencher o relatório justificativo da retenção?

Eu sei o que vos dói, não estavam habituados!

..

ANACLETA LOUÇÃ disse...

Não sendo professor, reconheço que passar o dia a aturar os filhos dos outros e as faltas de educação que alguns pais permitem, por si só, já deve ser dose.

Quanto a serem avaliados, com dezenas de olhos constantemente a repararem em cada gesto, palavra mal pronunciada, ou gaffe, deve ser insuportável.

Sim, porque muitos dos nossos meninos chegam a casa e nos seus grupos de amigos (messengers inclusive) e comentam como a professora pronunciou Hi5, ou como o professor tem uns tiques esquisitos a falar.

Isso não é avaliação? Julgo que essa é diária e deve doer mais que um Bom, ou Muito Bom.

Já em relação às passagens com 7, 8 e 9 negativas, os professores realmente não estavam habituados. Afinal, são de um tempo em que para se passar era preciso frequentar, estudar, saber a matéria e tirar positivas.

Já o actual primeiro ministro, vem de outra escola, em que ao Domingo se concluem licenciaturas, desde que se junte um cartão de Secretário de Estado a um trabalho numa folha A4.

Vão de 15 em 15 dias fazer uns "trabalhecos" e manda para cá o computador por 30 contos e o diploma do 9º ou do 12ºano.

Senhores professores, por favor não se queiram habituar a este regime e a este sistema de pseudo-educação, pois daqui a uns anos vamos todos ter doutoramentos em várias áreas, embora não saibamos calcular o volume do cubo.

Anónimo disse...

Cara Anacleta Louçã:

Já sei que não é professora e, pelo visto, não frequentou o processo RVCC.

Fale do sabe.

Eu não sou Professor mas frequentei o dito, e foi ele que me impeliu para a Licenciatura que estou em vias de obter; não ao Domingo, nem de 15 em 15 dias, mas de 2ª a 6ª, das 7 da tarde às 11 da noite, com alguns Sábados à mistura e muito sacríficio próprio e da família.

Será o Processo um poço de virtudes? Não, não é. Será perfeito? Também não. Ajudou-me a recordar ensinamentos que a vida e as pessoas que por ela passaram me deram, a reconhecer as minhas capacidades pessoais e profissionais, a ser mais confiante.

Poderia estar aqui a inumerar vantagens e desvantagens do processo mas seria, quiçá, fastidioso para si.Gostaria mais, por ventura, de esmiuçar um artigo de uma revista cor-de-rosa ou o resumo de um qualquer jogo da bola.

O PM é de facto um caso não raro, porque disso é o que não falta por aí; mas não generalize. Não creio que tenha o autor deste blogue, por exemplo, nessa conta. Também ele é Licenciado e tanto quanto me lembre, também Mestre. Conheço muitos professores que, benza-os Deus, "estavam bem ao pé da Amália", como outros há que, como o Enclavado, mereciam uma estátua.

Neste mundo há de tudo como na farmácia.

Como dizia ou outro: "Não negue à partida uma ciência que desconhece".

Amigo da Sopa.

ANACLETA LOUÇÃ disse...

Muitos parabéns pela força de vontade, pelo esforço e pelo sucesso, que certamente irá continuar.

Parabéns por reconhecer que o facilitismo existe e que muita gente (incluindo o Sr Sócrates) se aproveita dele.

Já quanto ao autor deste blog, fosse ele assim tão bom e estaria num cargo de maior relevo. Mas é só a minha opinião, pois profissionalmente não o conheço, embora ouça elogios sobre as suas capacidades intelectuais.

E quanto à tarefa complicada e à habituação dos profs às facilidades, acaba por não comentar, pressuponho que concorda?

Anónimo disse...

Cara Anacleta:

É obvio que não concordo com o facilitismo, seja ele no Básico, Secundário ou Superior, seja no mercadp do trabalho, seja ele onde for. Como diz o povo "Quem quer festa, sua-lhe a testa"!

Por outro lado, se eu não estou contente com o meu patrão, tenho bom remédio: Ou faço barulho e arrisco-me a ser despedido; ou aguento-me à "bronca"; ou mudo de emprego!!! Porque será que até há bem pouco tempo só os professores e médicos tinham emprego garantido logo que terminavam a sua formação?! Cadê os outros?!

Que as coisas estão piores é verdade. Que muitos estavam mal habituados também.

Sejamos moderados e olhemos para os dois pratos da balança.

Amigo da Sopa.

JPG disse...

Deixem-me meter uma colherada na sopa e partir uma "louçazita"...

1 - Concordamos que o facilitismo não é caminho.

2 - Concordamos que só com trabalho se evolui e digo mais: "quem quer peixe, molha o respectivo", ou quem quer p**idos, ca**-os".

3 - Os comentários sobre o merecimento de estátua e as minhas qualidades, só podem vir de malta quem se está a bater a um almocito um dia destes...

Agora mais a sério, quando entrei para a faculdade (1990), tive colegas de liceu que já davam umas aulitas de Ed física (nos mini-concursos), por não haver licenciados que chegassem para tantos alunos. Claro que com um cenário destes, o estado apanhava todos os recém-licenciados, tal era a carência (na maior parte das áreas de ensino).

Ainda nessa época, não era raro ver vários patrões e responsáveis pelos recursos humanos a apreciarem pautas, para "recrutar" logo no 3º ano alguns estudantes para as suas empresas (como frequentava engenharias, a PT, EDP e muitas privadas eram clientes habituais).

Com isto quero dizer que não eram todos os licenciados na via-ensino e médicos que tinham emprego garantidos, afinal alguns licenciados em ramos educacionais não tinham e muitos outros licenciados em outras áreas, tinham.

Por fim, a malta vai refilando (dezenas de milhar em vigílias e manifestações, centenas de blogs e de outras iniciativas...) mas, muitos abandonam o barco, através de reforma antecipada, mudando de área (conheço colegas com formação num determinado ciclo ou grupo disciplinar, que mudaram porque há mais vagas, os critérios de avaliação não são tão exigentes, as turmas são mais pequenas, pelo menos não tenho ensino nocturno, os miúdos mais novos não são tão abusadores, etc...), ou abandonando o ensino.

Se repararem, as Actividades de Enriquecimento Curricular já recruta profissionais que não são licenciados na via-ensino, até no ensino especial (para crianças com necessidades educativas especiais), já estão docentes sem formação específica para essa área tão específica.

Ou seja, a qualidade do ensino não está a melhorar (embora as estatísticas e os relatórios da pseudo-OCDE garantam que sim).

A pergunta que se coloca é: vale a pena mudar as moscas todas, ou apenas a merdinha?