A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





26 dezembro 2011

CP, REFER, maquinistas...

Não gosto quando metem tudo no mesmo saco, mas a minha ignorância corre o risco de me levar a isso. Caso o faça, fica desde já a ressalva...

Vou falar da CP (Caminhos de Ferro Portugueses ou mais recentemente Comboios de Portugal), embora a Fertagus, a Refer ou outras empresas possam também ser responsáveis pelo sorvedouro de dinheiros públicos que ano após ano vão aumentando o défice brutalmente.

Claro que um serviço público não podia dar lucro, dizem alguns.

Pois não, mas se ao menos os preços fossem apelativos... Agora o que temos são bilhetes a valores elevados (por exemplo, Coimbra Lisboa, se duas pessoas partilharem o automóvel, já não compensa ir de comboio).

Este fim-de-semana os maquinistas resolveram fazer greve. Ainda houve negociações, mas porque a administração da empresa não arquivou todos os processos levantados por numa greve anterior (são tantas...) onde não terão respeitado os serviços mínimos, amuaram e mesmo em época de Natal, vai de fazer greve!

Esta malta, além de fazerem greves constantemente, escolhem as épocas (parece que na passagem de ano está marcada outra) e mais curioso ainda, às horas mais convenientes (para eles, claro).

Das 6 às 10 e das 17 às 21 horas. Evidentemente que causam um transtorno muito maior a quem comprou o passe e precisa ir trabalhar.

Tudo bem que a greve é um direito, mas fazê-la na época de Natal e pelos motivos em causa, acho que mostrou insensibilidade e falta de respeito pelas famílias em geral. Foi uma atitude extremista e radical!

Imaginem que os professores em vez de fazerem manifestações à noite e aos Sábados, resolviam fazer greve às reuniões de avaliação. Ninguém tinha notas! No 3º período, dava direito a que ninguém terminasse o ano (ou seja, não chumbavam, nem passavam, nem entravam para a Universidade). Ou imaginem que os cozinheiros faziam greve nas duas horas antes das refeições, seria bonito, não?

Ouvi na televisão que os sindicatos pagam o(s) dia(s) de vencimento em que os maquinistas fazem greve, ou seja, ficam em casa e recebem na mesma, mas quem comprou passe (que ajuda a pagar o seu ordenado), fica sem transporte.

Os gestores continuam a ser principescamente pagos e muitos funcionários têm regalias (para si e para os familiares directos) que raros funcionários públicos dispõem nas suas áreas de actividade (os funcionários das finanças terão desconto no IMI ou no IRS?)

Por tudo isto, não ficarei triste com a sua anunciada privatização!

1 comentário:

Anónimo disse...

Vindo do Sr. outra coisa não era de esperar. Deixe lé são mais três anos. Paciência.