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«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





19 dezembro 2011

Professores desempregados? Chega de hipocrisia!!!

Pedro Passos Coelho disse o óbvio.

Questionado sobre se aconselharia os professores excedentários a emigrar, o Primeiro ministro disse algo que qualquer pessoa diria: se não têm colocação no mercado, a alternativa ao desemprego é encontrarem uma profissão noutra área ou procurarem emprego no estrangeiro, nomeadamente nos países lusófonos.

Com o decrescimento da taxa de natalidade das últimas décadas, aliado ao aumento do número de licenciados dos cursos via ensino, o mercado de ensino português, quer no público ou privado, ficou com excesso de recursos humanos.

O desemprego é infelizmente uma realidade há vários anos nesta área e a situação não irá melhorar. Certamente nunca a curto prazo.

Em Portugal há uma série de pessoas que prefere que os políticos mintam. Ou então, como o anterior Primeiro ministro fez tantas vezes, que atirem areia para os olhos das pessoas e façam promessas que nunca serão cumpridas. Como a dos 150 mil empregos.

Se Passos Coelho fosse como outros, teria respondido que não, que o governo iria promover um plano para oferecer emprego aos professores não colocados. Que iria aumentar o número de professores nas escolas ou que iria promover a contratação de professores nas escolas privadas.

Mas a via de Passos, como nos tem vindo a provar, não é a da hipocrisia nem da fantasia. É a da realidade. Seria mais fácil, politicamente falando, se fosse hipócrita? Talvez.

Eu continuo a preferir esta total abertura de espírito para falar verdade do que tentar enganar as pessoas. De vendedores de fórmulas mágicas estou eu farto.

Nota: este post surgiu a pedido de um ilustre "anónimo" e foi picado aqui

O arquiteto Souto Moura ainda recentemente sugeria o mesmo:
http://jpn.icicom.up.pt/2011/03/30/entrevista_souto_moura_aconselha_jovens_arquitectos_a_emigrar.html

E o bastonário da Ordem dos Engenheiros também aconselha os jovens engenheiros a emigrar
http://www1.ionline.pt/conteudo/100606-portugal-exporta-engenheiros-e-arquitectos-o-brasil

8 comentários:

Anónimo disse...

Ora aqui está a defesa do seu querido lider.....deve ser dos unicos professores que o apoiam, mas a cegueira é tanta que até vai contra aquilo que o presidente do seu sindicato (FENPROF, ou será que agora já não é...)diz: SE HÁ ALGUÉM QUE DEVE EMIGRAR É O PASSOS COELHO, QUE NÃO PASSA DE UM TEROCA TINTAS, MAS PELO QUE VEJO,OUTROS SEGUEM ESSE CAMINHO, NÃO É VERDADE SR.PROFESSOR. UM DIA CONTRA OUTRO A FAVOR....QUE ANORMAL ME PARECE ESTA SITUAÇÃO VINDA DE QUEM VEM.

Whitesoul disse...

Pois eu acho que ele não disse nada de tão chocante assim. Muitas pessoas dizem-se chocadas com as afirmações do PPC, mas caramba o homem apenas mostrou que à outras vias para combater o desemprego, há formas de dar a volta por cima, estar no desemprego não é o fim, pode aliás ser apenas o inicio de uma carreira de sucesso, é preciso é que as pessoas não se acomodem e façam pela vida....

Sofá Amarelo disse...

Para não haver professores desempregados, reduzam o numero de alunos por turma! Fácil, nãoé?

JPG disse...

Colocar 2 docentes em simultâneo (um a leccionar a matéria e outro a tirar dúvidas aos alunos com mais dificuldades), tornava Portugal num país sem desemprego docente! Igualmente fácil, não?

Mas, com sinceridade, acham mesmo que os actuais governantes, que assumiram há 6 meses um país com um acordo de ajuda externa em vigor, com um défice enorme e quase sem dinheiro para pagar pensões e vencimentos, se pode dar ao luxo de criar condições para aumentar o número de funcionários a seu cargo?

Se tomassem essa medida, para reduzir o desemprego dos professores, viriam os enfermeiros, os psicólogos, os médicos, os funcionários judiciais e por aí fora, exigir iguais decisões.

Seria comportável na actual conjuntura?

Quando as reformas estruturais (oxalá estejam a ser bem feitas...) começarem a dar resultados, talvez possam reduzir o número de alunos por turma...

Abraço!

Anónimo disse...

FALAM DE BARRIGA CHEIA, NÃO É VERDADE??
Outros que não tiveram as indispensáveis cunhas para bons lugares, estão neste momento em graves dificuldades e então TÊM QUE EMIGRAR, LEVANDO CONSIGO MULHERES E FILHOS ETC....
SANTA IGNORÂNCIA E TANTA FALTA DE MEMÓRIA PARA QUEM ANDOU EM MANIFESTAÇÕES DE PROFESSORES. TENHO DITO

JPG disse...

Cunhas para bons lugares? Deve estar a falar de si ou dos seus...

Leccionar há 18 anos, fazê-lo em SEIS Distritos diferentes é mesmo de quem

As manifestações eram contra quem e um grito de alerta para uma sociedade onde os "cães de fila" defendiam o "quase eng" com tal fúria que até diziam "quem se meter com o PS, apanha!"

Afinal quem não tem memória???

Estes últimos seis meses apagaram a alteração ao Estatuto da Carreira Docente, uma avaliação descabida e injusta, o aumento da idade da reforma, os cortes nos vencimentos, o corte no subsídio de Natal, a crescente desautorização junto de pais e alunos e tantas outras ofensivas levadas a cabo durante SEIS anos contra os portugueses em geral e os professores em particular?

Já agora, como se justifica que por mais que uma vez, mais de 100 mil professores tenham saído à rua (incluindo a esposa do António Costa) e ainda não se tenham manifestado com intensidade semelhante contra este governo?

Serão todos doidinhos, ou mostram mais razoabilidade que o caro "anónimo" que definitivamente não consegue enxergar além do cartão rosinha (qualquer que seja o líder)?

Anónimo disse...

Cartão rosinha???? Fala com certeza quem diz que não tem, mas afinal é um LARANJINHA FANÁTICO, QUE MAIS PARECE UM CAMALEÃO, tal a frequência com que muda de ideias.
Olhe que não, olhe que não, o meu cartão É VERMELHO e de que maneira.

JPG disse...

Cartão vermelho levam os seus comentários, caso insista em não se identificar (cobardia?) e atirar areia para os olhos (camaleão?)

Afinal assim as regras não são justas, pois eu exponho aqui (e não só) as minhas opiniões sobre vários assuntos há mais de SEIS anos e o ilustre "anónimo encapuzado", atira umas "bujardas", sem que lhe possa sentir a verdade que lhe sai, ou não, dos dedos.

Mas se é assim tão vermelho, percebo a aversão à mudança. Prefere ser teimoso e insistir no erro, ou mudar para melhor?

Como diz o outro... só os burros é que não mudam!

O meu problema é que o melhor é apenas o menos mau...