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«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





17 fevereiro 2012

Acordo ortográfico

Já aqui escrevi que não me consigo adaptar ao novo acordo ortográfico. Se por um lado não gosto de tentar impedir o progresso, por outro não consigo ver assim tantas vantagens em uniformizar algumas palavras.

Estive hoje 3 horas a ouvir um brasileiro na vetusta Universidade de Coimbra e "estresse", "afobar" e tantas outras palavras foram repetidas com a pronúncia típica do "Brasiu".

Acho errado, pois não se escreve "Portugau", o "u" deve ler-se U e o "l" deve ler-se "Lê".

Também fiquei a saber o que é um questionamento.

Algumas palavras até me fazem cócegas nos dedos: conceção, espetador (o que vê televisão), "espetativa" (ansiedade), etc...

5 comentários:

Ana disse...

O acordo ortográfico é coisa que nem me chateia, eu vou escrever como aprendi e há mudanças que não lembram a ninguém.
Quanto ao português do brasil é do pior. O meu sobrinho faz aflição com o "mamãe" e "papai".
O registrar também é engraçado.
beijos

AJS disse...

Por mais que tente encontra alguma lógica no (des)acordo, existe uma coisa que me deixa sempre um pouco de pé atrás, senão vejamos:

Portugal e suas gentes descobriram e colonizaram o Brasil,e não o contrário.
No processo de colonização criaram-se escolas para ensino da Língua Portuguesa, então, se eles aprenderam connosco, porque diabo havemos agora de escrever como eles não conseguiram aprender?
Já agora, porque não aprendemos todos Crioulo??
Seria interessante aprendermos todos os países Lusófonos, os "milhentos" dialectos de África, afinal, as condições foram exactamente as mesmas.

JPG disse...

Fazendo o papel de advogado do diabo:

- Nós apenas achámos (como dizem os brasileiros) um caminho para o Brasil, pois o território já existia e já lá viviam pessoas.

- A língua portuguesa que hoje se fala em Portugal sofreu alterações, em parte devido à influência do francês e do inglês, havendo quem afirme que a língua que hoje se fala no Brasil é mais próxima da que Camões falava.

Ainda assim, estes pressupostos são facilmente desmontáveis, mas deixo isso para os vossos pensamentos.

Elisabete disse...

Eu cá já me habituei! Que remédio!!!

Álvaro disse...

Entao e agora quem compensa as reguadas na escola para obrigar a utilizar o "c" em acto por exemplo?

Proponho que o jornal Record passe a Recor porque eu nunca digo o "d".