Há dias na Mealhada
Apanhei uma bebedeira
Passei uma noite a dormir
Em cima de uma silveira
Com uns amigos me juntei
Muito vinho lá bebi
Assim que do tasco saí
Hora e meia que eu contei
Cheguei à estrada um buléu dei
Lá vai uma perna quebrada
Além sinto uma gargalhada
Às bruxas não dei resposta
Uma carrada bem composta
Apanhei na Mealhada
Pus-me a andar com a outra perna
Encostado ao meu cacete
O ladrão do capacete
Diz-me voltemos para a taberna
Além vejo uma luzerna
Eram as bruxas na casqueira
A dançar a farrapeira
Quem tocava era o freguês
Apanhou este maltês
Uma refriosa bebedeira
O vinho do João Machado
Faz-me cair pelos barrocos
Quanto eu tinha emborcado
Um quarteirão e trinta copos.
A arrumar papeladas encontrei um escrito que eu tinha a certeza ter guardado (mas não sabia onde).
Quem a cantava era o meu avô "Manel" Marceneiro, mas foi o meu avô Gaspar que me ditou estes versos que não consegui encontrar na internet (a oralidade ainda tem destas coisas...)
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