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«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





14 março 2013

Andam, andam... mas calha sempre aos mesmos


7 comentários:

Anónimo disse...

Tenho que reconhecer uma coisa. Quando te toca a ti é uma merda mas tens andado tão calado e a criticares os que fazem greve e também aqueles que lutam por direitos adquiridos ( CP) que começas a perder a razão.

JPG disse...

Há mais vida para além dos direitos adquiridos dos trabalhadores da CP, por exemplo... os direitos adquiridos de quem compra bilhete de comboio ou passe e quando se prepara para viajar... os malandros fazem greve.

Sim, MALANDROS, porque há muitas formas de mostrarem indignação (porventura justa), mas tirando a bunda do sofá e ir à luta (haja originalidade!)

Mas enquanto os sindicatos lhes pagarem para ficarem em casa...

Quanto a tocar-me a mim, pertenço a uma classe social que tem sido atacada nos últimos anos como poucas.

De resto, já apanhei cortes salariais, aumento do tempo de serviço, da idade de reforma, cortes nos subsídios de férias e Natal, mobilidade especial, fusão de agrupamentos (que nos faz percorrer vários quilómetros entre os vários postos de trabalho) e sempre o stress de concursos e alteração nas regras de avaliação, entre muitas outras coisas...

Por isso, não sei onde tens andado (a fazer greves, certamente), mas andas muito distraído quando dizes que ando calado relativamente ao que se vai passando e só me preocupo com as greves da CP.

Talvez já tenhas lido "quem mexeu no meu queijo" mas podes sempre reler.

Com tudo isto, acabaste por não comentar a notícia em si, ou seja, o sector da educação e os professores em concreto apanham por tabela e o resto são cantigas...

Rapsag disse...

Como é óbvio, cada um "puxa a brasa à sua sardinha"!
Mas, nunca vi uma contestação de professores que prejudicasse o cidadão comum.

TAP, CP, CGD e outros do género, precisam urgentemente de privatizações. Aí sim, quero ver quem vai fazer manifs e/ou greves...

Quanto ao post "calham sempre aos mesmos": Claro! São elo mais fraco! Quando se chateiam... Não chateiam ninguém!

Seja com governos de esquerda, direita, centro, "este e oeste", vão fazer sempre o mesmo! Sempre! A mentalidade tuga assim o exige, senão, não há votos para ninguém!

Enfim!




Vycent disse...

Qualquer greve causa transtorno, aos outros.
A dos ferroviários aos passageiros, a dos professores aos pais e avós dos alunos, a dos cozinheiros a quem precisa de almoçar ou jantar.
Como é um direito legítimo e constitucional, quem quiser faz, quem não quiser não faz.

JPG disse...

É tão legítimo o direito à greve, como são legítimas as minhas críticas a quem num sector que afecta sobremaneira quem quer trabalhar, insiste nas mesmas formas de luta, durante dezenas de dias por ano.

Não conheço outro sector que actue assim. Falo daquele ao qual pertenço que nos últimos anos "se limita" a fazer manifestações e outras acções de rua aos Sábados e À noite, precisamente porque as greves são prejudiciais para o país em geral, para os alunos e familiares em particular e... agora é que são elas... também para a carteira dos professores.

Para além disso, mesmo fazendo greve, as aulas que não foram dadas, terão que ser repostas (algumas vezes à hora de almoço, ou mesmo aos Sábados, pois os cursos profissionais e os CEF, por exemplo, são contabilizados pelo número total de aulas e não pelos dias de actividades lectivas.

Por isso, fazer greve, implica ficar sem o vencimento desse dia e ter que fazer o trabalho que estava previsto para esse dia. Já a malta dos transportes e muitos outros sectores, não terão esta condicionante, pois não?

Quando há greves gerais, a história é outra, pois aí, supostamente muitos outros trabalhadores não irão trabalhar.

Rapsag disse...

E quem não quer fazer greve, tem obrigatoriamente de a fazer também, ou então, chega ao trabalho 3h depois do previsto!
Para juntar a isto, escolhem muito bem os dias de greve, sempre em dias onde o cidadão comum mais precisa, e claro, dias em que as empresas mais facturam (que burrice, a empresa está mal e ainda a "afundam" mais)!

Mais de um dia de greve por ano devia dar direito a despedimento sem direito a subsídio de desemprego!

Greves, direitos, regalias, etc... Como dizia o Paulo Bento: "Já mete nojo".

Mas o post trata de outra coisa bem mais grave, despedimentos!
Daí ter falado nos professores serem o elo mais fraco, porque onde deveria haver despedimentos eu sei onde era.

Cortes e austeridade todos temos, já o respeito pelo "vizinho", é coisa que não abunda neste país!

Façam manifs, sim! AO SÁBADO OU DOMINGO! Não prejudiquem quem não tem culpa se deixaram de ganhar 2000€ para ganhar 1700€, pá!!

Bom fim-de-semana!!

JPG disse...

Embora compreenda que as greves normalmente têm como objectivo mostrar ao patronato o impacto que têm na sociedade.

Considero imoral, no actual estado do país, escolherem fazer greve às horas de maior fluxo de passageiros (4 horas por dia - duas de manhã e duas de tarde - prejudicando muitos desgraçados que por estarem em situações precárias, ficam obrigados a "ir de véspera" ou gastar dinheiro em trasporte próprio.

As administrações das empresas de transporte já mostraram que não será pelas greves que mudarão de rumo, por isso, julgo que deviam escolher alternativas.

Mas essas podiam dar mais trabalho e ser mais honerosas...