Só tenho pena de não ter a versão cantada e tocada pelo meu mano, quando há umas semanas ma dedicou.
Tinha uma história que nunca
contava,
trazia um quarto fechado no olhar,
tinha uma viagem que planeava,
mas
não a começava,
para nunca acabar.
Tinha um sorriso guardado em segredo,
mas não
sorria para não o contar,
tinha uma chave que fechava o medo,
num arvoredo,
onde não queria entrar.
E quando a noite já ia serena,
disse-me
a frase mais terna que ouvi:
Valeu a
pena.
Mesmo que o fim da história seja aqui!
Tinha uma nuvem da cor do mistério,
tinha palavras da cor do saber,
tinha vontades de brincar a sério,
mudar de
hemisfério para não se perder.
Tinha lembranças da cor do poente,
tinha o
poente inteiro no falar,
mas dava o sol no esconderijo ardente,
tão quente, tão
quente, quase a queimar.
Trazia a paz de uma dor que se
apaga,
e um calor, que se quer apagar,
como quem grita do alto da fraga,
que a
vida nos trama e há distancia para andar.
Deixou correr o licor dos sentidos,
até que o dia nos veio acordar,
de mãos trocadas, de braços caídos,
achados
perdidos.
cantar-me a frase mais terna que ouvi:
Valeu a pena.
Mesmo que o fim da história seja aqui....
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