A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





16 outubro 2013

Para equilibrar as contas públicas

É necessário reduzir as despesas e aumentar as receitas.

O aumento brutal de impostos não pode ser ainda maior, logo (até porque os credores assim o exigem), é necessário cortar nas despesas).

Como não se podem matar os reformados (já falta pouco...), nem despedir os funcionários públicos (o Tribunal Constitucional não deixou), resta baixar-lhes os ordenados.

Ou seja, em vez de despedirem (esse cenário parece fora de hipótese), distribuem o dinheiro por todos, cabendo menos a cada um.

Mas agora pergunto eu...

Lá por serem os funcionários públicos e pensionistas os únicos que dependem directamente das verbas do Estado, terão que ser eles os desgraçados a levaram com 90% da austeridade???

Não se esqueçam que o aumento do Imposto Automóvel, da factura da luz, dos impostos sobre tabaco, produtos petrolíferos ou bebidas espirituosas, tal como a manutenção do IVA a 23% na restauração, afecta igualmente os funcionários públicos.

Vendo bem, os funcionários públicos sofrem o mesmo que os do privado, mais um corte no ordenado que rondará os 10%.

Tenho para mim que tal como depois da machadada que levámos em 2012 (corte nos dois subsídios, onde o T.C. disse que seria irrepetível), vamos assistir a um novo chumbo, pois desta vez não tenho dúvidas que a distribuição dos sacrifícios é TOTALMENTE DESEQUILIBRADA.

P.S. - as rescisões amigáveis e a hipótese de reduzir o horário de trabalho (acompanhado naturalmente de respectivo corte no vencimento), poderão ajudar a baixar a despesa

4 comentários:

Anónimo disse...

Eu também não tenho dúvidas que é para chumbar, depois do que se passou no ano passado, mas também tenho a noção que o governo também o sabe, só que estão a ganhar tempo a pensar em novas medidas alternativas para nos lixar. Abraço

JPG disse...

O governo sabe que vai ser chumbado e até fez questão de anunciar que os cortes nos vencimentos não serão apenas anuais, ou seja, vão continuar mais uns anos (ou para sempre).

Parecem os pescadores a lançar engodo...

A questão é a mesma - é preciso gastar menos, mas como diria o António Silva "ou comem todos ou há moralidade!".

Se estas medidas não forem aceites, volta a carga fiscal (dessa poucos se livram) e distribuem o mal pelas aldeias.

Enquanto isso, com rescisões e emigrações e até mortes devido à conjectura financeira, o país lá se orientará.

A ver vamos, mas neste momento, para nos governar, só alguém que cortasse com os interesses instalados (sem ser radical).

Abraço

Anónimo disse...

Conjectura ou conjuntura? professor

JPG disse...

Conjuntura, claro!

É o que dá escrever à pressa e nem olhar para o que se publica (de vez em quando, lá passa uma) e esta nem é ortográfica, é mesmo palavra trocada.

Mas vendo bem, até que se pode aplicar conjectura, afinal se conjectura é "opinião sem fundamento", às tantas a tal crise financeira nem o será assim tanto...

De qualquer forma, grato pela correcção, aluno. (Estou a brincar).