A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





21 janeiro 2014

Cada caso é um caso, por isso...

... penso que devemos ir pela generalidade, embora saibamos que há excepções!!!

Na minha vida profissional aprendi que a expressão "mãe, só há uma!", pode ser uma benção - tal a canalhice das progenitoras (chamar-lhes mães ofende a palavra em si), no entanto, a felicidade de se ter uma mãe é indescritível.

Na minha vida pessoal aprendi que há pessoas que amam outras do mesmo sexo (homossexuais, gays, paneleiros, lésbicas, maricas, panilas, ou como lhes queiram chamar) cujas atitudes provocatórias mereciam um rabo de raia* no orifício defectivo, no entanto, a maioria certamente terá um carácter perfeitamente indiferenciado, até de uma tolerância e ternura acima da média.

Ou seja, como alguém disse um dia "visto bem de perto, nenhum de nós é normal!"

Isto vem a propósito de quê?

Da palhaçada do referendo sobre a co-adopção.

Já vi e ouvi várias teorias pró e contra. Se é verdade que ter um casal homo a cuidar de uma criança é melhor que essa criança não ter nenhum cuidador, é igualmente verdade que ter um pai e uma mãe é melhor que ter dois pais ou duas mães.

Obviamente que remeto agora para a primeira frase deste post, onde digo que esta será a regra, mas há excepções.

Para os radicais liberais, relembro que há bichas que só quererão adoptar uma criança para mostrar ao mundo e aos amigos que também podem ter filhos.

Para os radicais conservadores, relembro que há muitos casais hetero que negligenciam e maltratam os filhos.

Mas, como não dá para votar "Nim", provavelmente se fosse hoje o tal referendo (que não se deverá realizar), talvez votasse de acordo com esta imagem.


* Para quem não sabe, a raia tem na barbatana dorsal uns "espinhos" que além de serem venenosos, apresentam uma configuração que ao penetrar num sentido, baixam, mas no sentido inverso, eriçam e rasgam


4 comentários:

Ana disse...

no meio disto tudo acho e continuo a achar que, embora a questão seja importante, parece-me que estamos perante uma manobra de distracção qualquer, a data não me pareceu escolhida ao acaso, este governo é maléfico!

Super-febras disse...

Uma boa e santa tarde:
João Pedro, o dinheiro que se irá gastar neste referendo seria muito mais bem aplicado se fosse usado em prol das crianças do nosso país. Por exemplo na justiça, elaborando leis que lhes cedam mais segurança, dando normas aos tribunais para que adultos e não só, sejam punidos severamente quando maltratem estes pequenos e indefesos seres, atribuindo verbas aos mesmos para que estes deixem de andar a rasto de caracol, porque nem a passo andam, e não deixem as crianças penduradas no sistema social também ele precário.
Que se faça justiça ao rico como ao pobre, ao doutor como ao operário, ao padre como ao pai, ao professor como ao aluno bulliador, sem medo e com toda a certeza de que estamos a agir moralmente e com permissão pois a sentença já foi dada e recordada por Escrita há quase dois milénios. Necessário é só consultar Mateus 18, 6. Cristao ou não a Sabedoria do livro ou melhor do conjunto de livros é aceite mesmo que discutível por todos. Não posso deixar de frizar o papel que Roma tem tido, ocultando e vergonhosamente protegendo-se dos crimes pedófilos de alguns dos seus colectores de esmolas, pois parece-me essa a mais pesada razão para a ordena dos mesmos, papel que tem permitido à elite especialmente, atrasar e contornar, leis e justiça.
Querer-se fazer um referendo em que o intuito, no meu ver, é desviar atenções a outros assuntos mais importantes, para se dar ou retirar direitos a certos cidadãos neste caso homossexuais e só os que decidem viver em união pois os há que fazem outra escolha, quando o referendo deveria ser sobre quem afinal pagará pelos erros ou beneficiará caso venha a ser o caso das mudanças feitas pela escolha de um sim ou um não pelos mesmos iluminati's que através de um referendo elegeram estas prendas que actualmente nos governam, as crianças.
Este assunto tem a ver e afecta as nossas crianças e é um assunto de lei e justiça, de direitos e respeito pelo ser humano que são os mais pequeninos, mais indefesos, mais vulneráveis, mais preciosos membros da nossa sociedade.
As crianças têm que estar em primeiro lugar, primeiro plano, prima preocupação e sempre em foco entre nós. Não nos podemos permitir perder nenhum. A responsabilidade da sua existência é nossa. A necessidade de lhe dar amor, carinho, guarida, alimento e educação é nossa e terá que ser prioridade protege-los do lado mau do ser humano. Senão, como é que lhes vamos ensinar, mostrar como é que queremos ser tratados quando idosos, vulneráveis, sem valor, quase descartáveis...
Não nos podemos deixar iludir.
Seja por um homem e uma mulher, por um homem ou por uma mulher só, por dois homens, por duas mulheres, por brancos, amarelos, vermelhos ou negros, por homo, hetero, uni ou sem sexo defenido ou até em ultimo caso por uma instituição que uma criança seja criada, que o seja debaixo de padrões, normas, leis, regras, valores morais e humanos bem estabelecidos e seguidos sempre com o bem estar e segurança da criança em mente. O resto é canja...
O que não se pode permitir é maus tratos, violações físicas, sexuais ou psíquicas, o abandono familiar ou social,o implantar do medo, o bulling, o desvalorizar, sectár ou carimbar embrandando qualquer que seja a criança.

Super-febras disse...

E que os nossos governantes não se esqueçam no referendo que as crianças têm direito à saúde, à educação, ao desporto, ao ar e à água própria para respirar e beber, a uma sociedade sem crime, sem drogas e seus traficantes, sem guerra e sem fome, têm direito que os seus pais tenham emprego, que os seus avós tenham dignidade, que os seus doutores, podadores, enfermeiros, pintores, professores, contínuos, sapateiros, oleiros, escultores, pescadores, cesteiros, músicos e cantores até quem se depare na linha do desemprego se sintam dignos, merecedores enfim gente humana pois diz o velho ditado africano que é preciso uma aldeia inteira para criar um homem. Eu diria melhor - É preciso o mundo inteiro.
Também o será preciso, quando uma criança, jovem ou adulto com todo o seu direito, sejas ela criada por quem for e em situação seja ela qual for perguntar -Quem é o meu pai, quem é a minha mãe?, haver resposta e resposta concreta sem incógnitas.
Acima de tudo que se não roube à criança esse direito...

Um abraço aberto à discussão. Venham eles...

Álvaro José

JPG disse...

Se a nossa sociedade fosse mais sensata e a classe política (que resulta da nossa sociedade) fosse mais decente, não estaríamos sequer a discutir este assunto, pois dificilmente haviam crianças para serem adoptadas (nem por homos nem por heteros).

Mas como infelizmente tal não acontece, andamos a gastar sinergias com este assunto.

Pessoalmente, tenho esperança que não chegue a haver qualquer referendo sobre este assunto.

Sempre se poupam uns tustos.