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«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





06 janeiro 2014

Mário Soares sobre Eusébio



Mário Soares começa por dizer de Eusébio, "que era um homem agradável com pouca cultura, mas evidentemente que não se estava à espera que ele fosse um pensador, o que se queria é que ele fosse um grande futebolista e ele foi". Depois de alguns elogios à sua modéstia e simplicidade, como compete a este tipo de pensamento, Mário Soares lembra que lhe falava quando se encontravam: "Fui algumas vezes almoçar naqueles restaurantes onde ele comia" [reparem bem na terminologia usada].

Depois acaba a dizer uma coisa pouco conveniente (isto é da idade): "Não sabia nada que ele estava doente, sabia que bebia muito whisky, todos os dias, de manhã à tarde, mas julguei que isso não lhe fizesse assim mal".

Traduzindo, para Mário Soares, Eusébio era um bruto ignorante que sabia jogar bem à bola. Era um simples e modesto como compete aos inferiores de classe, e até comia (não almoçava, nem jantava, dadas as maneiras típicas daquela classe) nuns lugares onde ele Mário Soares almoçava e jantava. Agora não passava de um bêbado. E Mário Soares achava que gente daquela estirpe tinha um resistência fisica de um touro e como tal, whisky de manhã à noite todos os dias não haveria de lhe fazer assim mal.

1 comentário:

Anónimo disse...

Soares está agora ofuscado pelo Eusébio, que ao falecer prejudica o funeral-Mandela que Soares tem vindo a preparar.

Foi o pior que poderia acontecer a Soares. Por isso, Soares diminui o seu 'adversário', espetando-he umas facadas...

Não foi gaffe, nem foi por acaso.
Foi premeditado para deavalorizar.

Soares também queria ser enterrado no Panteão, mas a morte de Eusébio é uma machadada nesse desígnio que irá em breve para lá.