A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





07 janeiro 2014

Para encerrar o período de luto nacional

Fica um pensamento que recolheu a simpatia de milhares de pessoas nas redes sociais.
 

Fica uma vez mais a confirmação que Eusébio era no máximo luso-moçambicano.

Fica uma certeza:

Eusébio foi um dos 3 melhores jogadores de sempre (juntamente com Garrincha e Puskas).

Digo "foi" porque Di Stefano, Péle, Zidane, Ronaldo (o brasileiro), Maradona, Cruijff, Platini ainda estão vivos e Messi  e Cristiano Ronaldo ainda jogam.

Pela seleção nacional (que é o que me interessa enquanto português), marcou muitos golos, conseguiu alguns resultados bons e um fantástico 3º lugar no Mundial de 1966, mas não podemos esquecer que Eusébio (e a seleção portuguesa) falhou o apuramento para os Europeus de 1964, 1968 e 1972, bem como para os mundiais de 1962, 1970 e 1974 (contra equipas como a Bulgária, Roménia, Suíça, Luxemburgo ou Grécia).

Ou seja, nos dias de hoje se Figo ou Ronaldo não conseguissem apurar Portugal para as principais competições de seleções, seriam votados ao degredo (já assim, só falta crucificarem o CR7 se ele falha um livre).

Que descanse em paz e faça lá umas brincadeiras com o Vitor Damas (adversário e amigo)!

P.S - acho um exagero a forma como muitos populares pisaram outras sepulturas no cemitério do Lumiar,  não me parece de bom tom um padre terminar um funeral com um grito "Viva o Benfica", nem tão pouco a ausência da bandeira nacional sobre a urna - afinal ou é português e até vai para o Panteão Nacional ou é do SLB e assim como o levaram ao relvado e esteve em câmara ardente no estádio, que se apoderem dos seus restos mortais. A postura dos dirigentes e jogadores do SLB foi exemplar, mas o rebentamento de petardos, tochas, constantes gritos e cânticos do Benfica, reduzem a grandeza do cidadão. Afinal não foi o Benfica que foi a enterrar, apenas um dos seus grandes símbolos.

Nota: não querendo ser preciosista, recordo-me que não se podia fazer baixar qualquer urna à cova depois do Sol posto (adiava-se essa parte da cerimónia para o dia seguinte) e ontem a noite ia escura

2 comentários:

Anónimo disse...

De forma completamente justa e imparcial, estou TOTALMENTE de acordo (o que nem sempre acontece). Acho este post bem esclarecedor e com muito respeito.

Elisabete disse...

Quantos aos bombeiros, justíssima lembrança!