A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





04 fevereiro 2014

Ainda há quem se lembre???

 Entrada Sul do Estádio, onde era "dada a partida" para os exames de condução.

A entrada Norte, junto à Praça Heróis do Ultramar.

Entrada Poente, do lado da Igreja de S. José.

12 comentários:

Elisabete disse...

Que bom recordar como era.
Um bom dia.

Luís Moura disse...

No lado nascente era o parque de campismo.

JPG disse...

Pois, por trás da Mancha Negra. Mas não arranjo fotos :(

Ana disse...

lembro-me muito bem até porque andei na infanta d. maria e vivia lá ao lado quando destruíram o antigo. o jardim era muito fixe e tinha um quiosque-café:)

Super-febras disse...

João Pedro

Por não haver espaço no D. Duarte fiz o terceiro ano do liceu neste estádio. O ano começou logo com greve estudantil, ano escolar 74/75. Nunca havia de ter passado de ano mas passaram-nos a todos. Lembro-me que no terceiro período aumentaram o número de faltas possíveis de 4X o número de aulas semanais para o dobro. Passei os meses de Primavera a fazer piscinas na baixa e a nadar nas piscinas municipais agregadas ao estádio. Era só gazeta. Soube bem na altura mas acredita não valeu a pena.
Como tu já disseste, foi uma boa escola primária , especialmente o aparecimento do grande mestre, Sr. Professor Pires que me permitiram, porque aprendi a ler, continuar a aprender todos os dias e a saciar a imensa vontade de saber o como e porquê do universo que me rodeia.
Enfim, este demolido estádio foi e é parte das saudades que tenho de Coimbra e dos meus colegas, bons e maus, que lá tive. Parecendo-me hoje que os maus foram os bons camaradas. Regozija-me saber que são hoje Homens, com H, estão bem, que é o que mais lhes desejo, e assim provam que o pior de todos era eu.
Faz-me pensar se faria hoje igual? Há coisas, confesso, que definitivamente não faria, especialmente as quais por elas tenho que dar conta a Deus, mas também as há que faria igual e muito mais.
Olharia tudo e todos na minha Coimbra com muito mais atenção . Parava horas em vez de minutos à porta das Sés, das igrejas, em frente aos belos edifícios da cidade. Prestaria mais atenção aos azulejos dos prédios, às suas janelas e cantarias, à calçada dos passeios, aos ramos das árvores que nos jardins municipais se fundem uns com os outros, não sei se dando as mãos ou sei lá beijando-se doce e eternamente. Saborearia muito melhor os lábios das maravilhosas namoradas que tive, namoros que ficaram eternos e alguns não duraram mais que um dia! Andaria muitas mais vezes a correr atrás dos eléctricos, para neles me pendurar e à boleia sentir os cheiros do mercado passar entre os meus cabelos ao vento, como se fosse a cidade a minha feira-popular e o eléctrico o meu carrossel! Prestaria muito mais atenção ao som das gentes que correm, aos ecos,nas estreitas, antigas, húmidas ruas, dos berros de alguém que chama por alguém para que se feche um negócio de roupas , chapéus, tachos ou enxadas! Olharia muito mais silenciosamente as areias prateadas, ilhas formosas no meio de um rio preguiçoso que parecendo ter saudades da serra onde nascera queria de novo tornar-se num riacho! Embebedar-me-ia com os aromas a café, a pasteis folhados de carne, a pipocas doces na Praça do Comércio , a castanhas assadas na 8 de Maio, a relva cortada de fresco no Parque Dr. Manuel Braga!...
E mastigaria muito mais lentamente as sandes de cavala de conserva, para melhor apreciar a bondade com que a Santa Rainha contagiava a Dona Júlia, que na adega da esquina da Rua das Parreiras matava a fome a qualquer estudante teso que em promessa pagasse no amanhã!
Sim, lembro-me ! Muito bem! É esse o encanto de Coimbra! Nunca mais nos esquecemos! E quando temos que partir...........

Dás-me cabo da alma! Mas obrigado, faz-me bem regressar de vez em quando, mesmo que só no pensamento.

Saudoso este abraço:
Álvaro José

JPG disse...

As sandes de cavalitas da Ti Júlia... bem boas!

Mas não enumeraste as bifanas do Mija-cão ou as de iscas do escondidinho :)

Super-febras disse...

Não me recordo desses dois lugares.
Talvez não existissem no meu tempo.
O meu ultimo ano no liceu foi o 77/78 quando acabei o quinto ano, hoje nono, penso eu. Em 79, fins de Abril vim para o Canadá. Tinha 17 anos. Penso que a ultima vez que te vi foi em julho de 78 na Praia de Mira eras um piolho pequenito, se calhar ainda nem andavas na escola.
Também foi a ultima vez que estive com o teu pai. Dava-me laranjada quando o ia compartimentar à beira da barrinha onde ele ajudava um amigo no negócio se não estou em erro.
Velhos tempos e para mim nem tudo era pêra-doce nessa altura.

Álvaro José

JPG disse...

São tascas da baixa. Uma perto da Democrática e outra mais embrenhada nas ruas estreitinhas :)

No Verão de 78 eu tinha 5 anos e só entrei na escola nesse Outubro (quando as aulas começavam em Outubro...).

Recordo-me bem das férias com as tuas irmãs, mas de ti... talvez uma muito vaga ideia (mas nem tenho a certeza se o rapaz de que me lembro sejas tu).

Mas um Verão destes ainda nos vai reunir e quem sabe... uma "tainada" na nossa Prais de Mira :)

Álvaro Aniceto disse...

Naquela entrada principal entrei eu dezenas de vezes, para ir para a pista do estádio ter as minhas aulas de desporto no 10º e 11º ano (pois eu andei na Brotero)e hoje recordo com saudades esses tempos espectaculares. Quanto a Mira e à Praia, também estão no meu coração, pois foi lá que dei aulas 4 anos e ainda guardo lá alguns amigos, por isso quando combinarem alguma coisa contem comigo. Um grande abraço para o Canadá, para o Alvarito e já agora, no último sábado de Março iremos ter mais uma festa dos "Álvaros", se quiseres aparecer estás convidado!

JPG disse...

Se for no Verão, uns frangos de churrasco nas varandas verdes :)

Abraço!

Super-febras disse...

E que tal uma sardinhada , do dia, se ainda saltar melhor, acompanhada de batatas assadas na areia?
A broa que venha da Ribeira que o vinho de Leiria também não se lhe fica atrás.
Já agora quem é que vai trazer os pimentos?

Álvaro José

JPG disse...

Alinho e até arranjo sítio para assarmos as batatas na areia (já não como disso há uns anos valentes).

Marquem a data :)