A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





26 fevereiro 2014

Morreu um Homem com valores


Para além dos epítetos que gostam de colocar a estas figuras incontornáveis (monstro sagrado), realço o facto de o funeral se realizar no seu país natal - Moçambique -, onde de resto Coluna fez questão de viver e ajudar.

Lembro que chegou a ser presidente da Federação Moçambicana de Futebol, tentando com o seu prestígio internacional, elevar o nome do seu país e, entre muitas iniciativas, fundou a Academia Mário Coluna, em Maputo, onde criou condições para que num país sem recursos financeiros, outros meninos pudessem ter condições de singrar. 

Ou seja, não mostrou ser invejoso com o sucesso dos outros, nem tão pouco se considerava "o maior" e inigualável.

Saúdo a sua memória não só pelo jogador que foi e pelo que deu à Selecção Nacional, mas principalmente por não ter traído as suas raízes, nunca se limitando a pavonear-se pelo mundo fora, a acompanhar a comitiva de um país que não sentia como seu, mas que seguramente lhe podia dar mais protagonismo e dinheiro para uma vida de "comezainas" e copos que não escolheu viver.

Honrou as suas raízes e tudo fez por ajudá-las. Humildade é isto!!!

6 comentários:

Lia disse...

Sabia que não me ias desiludir.

Anónimo disse...

Sem dúvida , que o importante são os valores. Este trabalhou muito para contrariar a indiferença. Clubismos à parte Parabéns pelo reconhecimento.

Francisco disse...

Gostei das sua palavras
só não percebo o porquê de ainda andar a cascar no Eusébio.
o homem já não está entre nós, vamos respeitar as pessoas que já partiram, seja ela qual for.

cumprimentos

JPG disse...

Se por acaso escrevi algo que o levou a pensar no Eusébio, então o meu raciocínio não estava errado - nem hoje, nem em Janeiro.

Já agora, pessoalmente não concordo que se esqueçam os defeitos de quem parte - se assim fosse, Hitler ainda passaria despercebido.

Utilizei um exemplo extremo, sem ousar jamais compará-lo a qualquer outro ser humano.

No entanto, não posso "encarneirar" com a tentativa de "endeusar" alguém com valores humanos perfeitamente banais (gostar de comer, beber e dizer umas piadas com os amigos).

Garanto-vos que todos vocês conhecem pessoas que mostram muito mais altruísmo, pois felizmente, há por aí bastantes.

Francisco disse...

=Ou seja, não mostrou ser invejoso com o sucesso dos outros, nem tão pouco se considerava "o maior" e inigualável.=

Por favor, não me insulte ao ponto de dizer que talvez não fosse do Eusébio que escrevia.
Basta seguir minimamente o bloggue para saber de quem falava.

Sinto-me burro sim por ter comentado, não ataquei ninguém e a resposta é logo agressiva, já me tinham dito e já tinha lido, mas agora percebi que o senhor realmente é agressivo. Talvez seja melhor escrever numa folha o que pensa e não mostre a ninguém, assim vai ver que estão todos de acordo com o que escreve.

Um bem haja!

Foi o 1º e o último comentário fique descansado.

JPG disse...

Quando escrevi: «Se por acaso escrevi algo que o levou a pensar no Eusébio, então o meu raciocínio não estava errado - nem hoje, nem em Janeiro.» pensava ter dado a entender que o seu comentário foi de quem tinha percebido nas entrelinhas a comparação que deixei subjacente.

Quanto ao resto, acredite ou não, vivo bem sem os seus comentários (assim como viverá bem sem os fazer ou mesmo sem por aqui passar).

No entanto, para não ter que dar razão aos que lhe disseram que eu sou agressivo, proponho fazermos o seguinte: diz-me o que quer que eu escreva e assim vou de encontro ao que os outros pensam.

Pode ser?

Já agora, andamos todos vestidos de igual e se um "pastor" nos assobiar, vamos todos atrás.

Não fico descansado por não mais comentar, fico apreensivo por considerar agressão o facto de não concordar que as pessoas "só" por morrerem, ficarem com o "cadastro" limpo.

São modos de ver e pensar distintos.