Há muito tempo, no
Tibete, uma mulher viu o seu filho, ainda bebé, adoecer e morrer nos seus braços,
sem que ela pudesse fazer nada.
Desesperada, saiu pelas ruas implorando que
alguém a ajudasse a encontrar um remédio que pudesse curar a morte do filho.
Como ninguém podia ajudá-la, a mulher procurou um mestre budista, colocou o
corpo da criança a seus pés e falou sobre a profunda tristeza que a estava
abatendo.
O mestre, então, respondeu que havia, sim, uma solução para a sua
dor.
Ela deveria voltar à cidade e trazer para ele uma semente de mostarda
nascida numa casa onde nunca tivesse ocorrido uma perda.
A mulher partiu,
exultante, em busca da semente.
Foi de casa em casa.
Sempre ouvindo as mesmas
respostas: “Muita gente já morreu nesta casa”; “Desculpe, já houve morte em
nossa família”; “Aqui nós já perdemos um bebê também.”
Depois de percorrer a
cidade inteira sem conseguir a semente de mostarda pedida pelo mestre, a mulher
compreendeu a lição.
Voltou ao mestre budista e disse: “O sofrimento cegou.me a ponto de eu
imaginar que era a única pessoa que sofria nas mãos da morte”.
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