A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





27 janeiro 2017

Entre 26 e 27 de Janeiro de 2001...

O rio Mondego rebentou a margem esquerda (naturalmente) e a direita (de forma propositada/controlada).

16 anos depois, a conclusão (sempre a mesma em todas as inundações da cidade de Coimbra, com a agravante do assoreamento a montante do açude-ponte) volta aos jornais, como se uma novidade se tratasse...


As empresas que exploram a barragem deveriam ser responsabilizadas pelos danos causados às populações, mas como estamos em Portugal...

Claramente a ganância de manter a barragem numa cota elevada, para assegurar maior produção eléctrica, fez com que a construção perdesse a sua principal função (reter/controlar cheias, minimizando o impacto a juzante).

A precipitação foi anormalmente elevada, mas não justifica tudo. Felizmente não morreu ninguém, mas se tivesse acontecido, o Ministério Público não teria obrigação de apurar responsabilidades???

Falhas:
- Má gestão da capacidade de encaixe da barragem da Aguieira
- Falta de assoreamento do rio Mondego (a montante do açude, mas também a juzante de cada paredão/molhe, se posem ver ilhas, com vegetação enorme, acumulação de calhaus rolados e outros materiais que impedem que o leito do rio desempenhe a sua função - escoar água)
- Os "fusíveis" de água (na margem direita não funcionaram e as autoridades competentes só usaram explosivos para os rebentar, após a margem esquerda, mais perto das povoações, ter cedido naturalmente.

Os interessados poderão ter mais informações AQUI.

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