A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





29 setembro 2009

"Amiguismo" versus "unanimismo"

Hoje à hora de almoço ouvi na Antena 1, um debate entre candidatos à Câmara de Seia.
Conheço pessoalmente dois deles (por terem sido meus colegas de profissão e de escola) - Luis Caetano e Filipe Camelo.
Durante o programa, reflectiu-se sobre o "amiguismo" que por vezes se assiste entre o Governo e as Câmaras Municipais governadas pelo mesmo partido e entre estas e as Juntas de Freguesia.
É uma realidade incontornável, pelo menos pelo que se vai vendo e ouvindo.
Será que em Portugal não se valoriza a diversidade de opiniões, ou de opcções partidárias?
Será que o "unanimismo" não é maléfico?
A história mundial tem mostrado que "encarneirar" todos atrás de um líder, causa cegueira e falta de ideias próprias.
A diversidade na democracia, como na biologia, são sempre de preservar.
Se não gostamos (e muito bem) que os governantes e presidentes de Câmara tratem autarcas de outras cores partidárias como inimigos, cortando nos investimentos públicos, não comparecendo a eventos sociais, etc, também não podemos tratar como inimigos quem connosco priva e provavelmente tem interesses comuns.
Agradeço ainda que não tomem as dores dos outros (que por vezes até vos ignoram), atacando aspectos pessoais de quem não concorda convosco.
Já aqui li comentários sobre posse de carros, de empregos, de feitios, de hábitos, enfim, ataques baixos, como os políticos, aqueles que realmente ganham com os resultados eleitorais, nunca ousariam fazer.

2 comentários:

Anónimo disse...

Hoje ouvi num estabelecimento comercial uma conversa entre o dono e dois clientes. O tema foi a vitória do PS nas legislativas. Um dos clientes, grande defensor do Socrates disse que o povo fez mal em não lhe dar a maioria porque assim o governo tinha mais estabilidade. Até aqui quase tudo bem. O dono do estabelecimento respondeu que se ele tivesse ganho a maioria que se colocava em cima de uma cavalo e não passava cartão a ninguém. Para meu espanto, depois de já vivermos há tantos anos em liberdade, o tal cliente afirmou que a forma como o Socrates governou era a única que resultava com o povo Português, que só anda para a frente debaixo do chicote, como tinha ficado provado históricamente desde o tempo do Marquês de Pombal e depois do Salazar.

A sede de arranjar argumentos que sustentem a governação Socrates é tão grande, que até se dizem barbaridades destas. Como é que é possível?

Anónimo disse...

Infelizmente, alguns até deixam de parte afinidades familiares para marcarem o seu território.