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«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





18 dezembro 2012

Na educação como na saúde

Embora não sendo conhecedor no meio clínico, parto do princípio que os doentes com patologias estranhas e/ou graves, são tratados pelos médicos mais experientes e com mais "credenciais", à partida, por oferecerem maior probabilidade de sucesso.

Mas na maior parte das escolas, as turmas com os alunos mais problemáticos (hoje em dia problemáticos significa pouco interessados no que os professores dizem e sem vontade de estar nas aulas - vulgo desmotivação ou interesses divergentes dos escolares), por norma são entregues aos professores que acabam de chegar aos Agrupamentos Escolares, que não têm raízes, nem podem escolher turmas/horários.

Ou seja, como regra geral, estes professores são menos experientes, menos próximos do meio envolvente e sem qualquer conhecimento das "figuras" que vão encontrar pela frente, em teoria, terão menos probabilidade de sucesso.

As turmas CEF e outras do género, são atribuídas aos que não têm escolha ou como "castigo" a quem não se tenha portado bem no ano lectivo anterior.

P.S. - pessoalmente não me queixo, pois prefiro mil vezes uma turma de "renegados" que me desafiam a cativá-los, humanizá-los e tentar que se superem, a uma turma de "betinhos" com quem não se pode levantar o tom de voz.


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